- No Gênesis, fala-se sobre uma árvore da vida que estaria relacionada à água da vida eterna.
- Nos Vedas e no Avesta, fala-se repetidamente sobre o ‘soma’ e o ‘haoma’ como a seiva imortal que nutre a vida, a árvore da vida.
- No Budismo, encontramos a Árvore Bodhi, universalmente ligada à imagem do Buda Sakiamuni, recebendo sua iluminação após 49 dias de meditação profunda.
- A Árvore da Vida faz parte também da Cabala, doutrina esotérica judaica, e do Alcorão, onde se fala da árvore-de-lótus-da-fonte, onde começam os quatro rios, crescendo na divisa entre as sete esferas celestiais, perto da porta do paraíso.
Para a alquimia, a Árvore da Vida somos nós mesmos, nossa estrutura física e química. Nossos biorritmos naturais, informações a respeito de nós mesmos.
Não se sabe ao certo quando esse conhecimento começou a ser estudado, mas sabemos que foi amplamente desenvolvido no “nascimento” da filosofia, pelos pré-socráticos, que se questionavam a respeito da origem do Universo.
Pitágoras, o fundador da primeira universidade do mundo, a Escola Pitagórica, considerava a si mesmo um observador da natureza e que este seria, em sua visão, o propósito de sua existência. Seus estudos sobre matemática e a origem do universo influenciaram muitos outros, como Empédocles de Agrigento, um filósofo, cientista e médico grego que viveu na Sicília no século V a. C.
Empédocles teorizou que toda a matéria é constituída por 4 “raízes” ou elementos de terra, ar, fogo e água. Fogo e Ar são elementos exteriores, virados para cima e para fora, enquanto Terra e Água se viram para dentro e para baixo.
Na sua “Tetrasomia” ou “Doutrina dos quatro elementos”, Empedócles descreveu estes elementos não apenas como manifestações físicas ou substâncias materiais, mas também como essências espirituais. Associava estes elementos aos quatro deuses e deusas – Ar com Zeus, Terra com Hera, Fogo com Hades e Água com Nestis (acredita-se ser Perséfone).
Os estudos ganharam amplitude e força através de um dos alunos de Empédocles, certamente o mais famoso de todos eles. Hipócrates (460 a.C) médico de Cós, foi o fundador da medicina racional e seus escritos se referem à forma e às operações farmacêuticas. Graças ao seu trabalho pioneiro na ciência médica, ensinamentos e filosofias avançadas se tornaram uma parte da medicina moderna.
Hipócrates é considerado o “Pai da Medicina” e sua obra é iniciadora de uma consciência metódica dentro da mesma. Ele foi o inventor da técnica da “medicina ao pé do leito” (em grego, klinicón), que consistia em acompanhar o paciente, observando o operar tênue ou abrupto dos sintomas apresentados para desenvolver um tratamento adequado.
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